Celebrando a data de 25 de maio, o dia da África, a Conferência “Áfricas contemporâneas na era da globalização e do comércio mundial: novas rotas, rupturas e ressignificações das fronteiras” encerrou a VI Semana Acadêmica Africana no Plenário da Câmara Municipal na quinta-feira (25). A noite marcou também o lançamento do Grupo de Estudos em Africanidades, Culturas, Diversidade & Memórias (AKOMA).
Em uma parceria com a Escola do Legislativo da Câmara Municipal, o principal objetivo da Conferência foi debater a importância da celebração do 25 de maio e sua contribuição para o desenvolvimento da humanidade, intensificando diálogos formativos entre pesquisadores, estudantes, professores e comunidade interessada.
O vereador Rafael de Angeli (PSDB), presidente da Escola do Legislativo, abriu o evento falando da importância da Câmara Municipal receber no Plenário a Semana Acadêmica Africana e convocou para a composição da mesa de encerramento o professor Dagoberto José Fonseca, a vice-coordenadora executiva do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão (NUPE), Claudete de Sousa Nogueira, a vice-diretora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara (FCLAr), Rosa Fátima de Souza Chaloba, a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da FCLAr da Unesp, Tatiane Pereira de Souza, Luiz Fernando Costa de Andrade, da Coordenadoria Executiva de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CEPPIR), além da coordenadora da Escola do Legislativo, Bruna Cardoso Brasil de Souza.
Fonseca lembrou a importância da data, da discussão proposta pela Semana Africana e de “podermos falar da relação do Brasil com a África, já que o Brasil é o maior país da África fora da África. É uma data fundamental para falarmos do passado, analisarmos o presente e planejarmos o futuro”. Bruna enfatizou a contribuição que a Semana Africana traz para os trabalhos da Escola. “Há vários anos fazemos essa parceria e é uma honra tê-los aqui mais uma vez”. Para Tatiane, “o evento cria a oportunidade de debatermos o tema, já que a África é pouco conhecida realmente”. “Podemos trocar experiências, dúvidas e problemáticas. Estudarmos o assunto a fundo”, afirmou Claudete.
Andrade lembrou que “Araraquara sempre foi um polo para estudantes africanos e precisamos ver a recepção que damos a eles. Esse é um primeiro passo, um caminho a ser trilhado”. Rosa avaliou o evento como “bastante importante para a nossa universidade. Parabenizo essa iniciativa e essa discussão é de enorme relevância social”.
O professor do Centro de Economia e Administração da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), Duncan Chaloba, foi o palestrante convidado. Nascido na Zâmbia, contou sobre o país, e explicou que na África cada país é um mundo à parte. São 54 países, nove territórios e 13 línguas oficiais. Chaloba entende que “o Brasil ainda não aprendeu a jogar no comércio internacional. Precisamos fazer mais acordos, mais conexões com o mundo. A África tem uma herança muito comum com o Brasil.” A coordenadora da Escola do Legislativo, Alícia Gimenez, também participou do evento.
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