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Notícia

Qualidade de vida começa com bons hábitos alimentares


Em 2016, 53,8% da população brasileira estava acima do peso e 18% apresentava algum grau de obesidade. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde, foram apresentados pela nutricionista e professora universitária Denise Bertolini Chediek na palestra “Hábitos alimentares saudáveis”, na quarta-feira (18), no Plenarinho da Câmara Municipal. A palestra fez parte da programação da 1ª Semana da Alimentação Saudável, iniciativa instituída este ano por uma lei municipal de autoria do vereador Roger Mendes (PP).

“A obesidade está aumentando em nosso país, levando a doenças crônicas, como o câncer e o diabetes, e afetando a qualidade de vida. A literatura científica trata a obesidade como doença, sim. As pessoas ficam constrangidas em admitir que estão obesas, ‘dourando a pílula’. Mas é preciso reconhecer o problema, pois o quadro só se agrava se a pessoa demora para buscar ajuda e solução”, esclareceu Denise.


De acordo com a profissional, um dos principais problemas relacionados ao sobrepeso e à obesidade é que a solução envolve mudanças no estilo de vida, e as pessoas têm muita dificuldade em mudar os próprios hábitos. “Os hábitos alimentares são desenvolvidos desde a infância, e estão relacionados às nossas preferências e às experiências sensoriais que os alimentos despertam. O açúcar, por exemplo, ativa neurotransmissores relacionados à sensação de recompensa. Nosso cérebro, então, associa as coisas e ‘vicia’ no açúcar; essa informação entra no hard disk”, explicou.


“A boa notícia é que as sensações podem ser modificadas, podemos ‘dessensibilizar’ o nosso cérebro em relação a essas informações. Pode levar mais ou menos tempo, mas é preciso que a pessoa se disponha a ter novas experiências.”


A nutricionista deu várias dicas para adotar hábitos alimentares mais saudáveis, como oferecer frutas e vegetais às crianças desde cedo, em vez de biscoitos e salgadinhos, e facilitar o seu acesso a alimentos frescos; limitar o consumo de produtos com muito açúcar e gordura, deixando de comprá-los; não consumir alimentos ultraprocessados (“Eles perderam suas características nutricionais”, explicou) e habituar-se a ler os rótulos do que se compra (“Se você não entender nada, simplesmente não compre. São conservantes, corantes, coisas que não devem ser consumidas”); reservar tempo para preparar as próprias refeições, envolvendo a família nas atividades; não fazer o “dia do lixo”, ou seja, não tomar refrigerante a semana toda para tomar seis litros no domingo; entre outras.


O vereador Roger Mendes, que além de ter proposto a lei é um dos organizadores da Semana, destacou a importância das informações. “Muitas vezes, coisas simples e pequenas mudanças no estilo de vida podem evitar grandes problemas de saúde no futuro”, observou.


Estiveram presentes na palestra os vereadores Juliana Damus (PP), Rafael de Angeli (PSDB) e Elias Chediek (PMDB) e o coordenador de Segurança Alimentar Marcelo Mazeta Lucas.

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