Vereadores Rafael de Angeli e Roger Mendes propõem encontro com o Executivo para buscar soluções
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Há treze anos, a Oficina das Meninas vem proporcionando oportunidades de mudança de vida a garotas entre 6 e 17 anos de idade em situação de risco. No dia 14 de julho, a entidade recebeu o Diploma de Honra ao Mérito na Câmara Municipal. Na última quarta-feira, o autor da indicação, Rafael de Angeli (PSDB), e o vereador Roger Mendes (PP) visitaram a instituição para verificar o andamento das atividades e se enfrenta problemas. “Sabemos que a situação das instituições sociais é sempre complicada e delicada, com poucos recursos e muitas despesas, por isso achamos importante verificar pessoalmente como podemos ajudar”, explica Angeli.
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Os vereadores foram recebidos pela presidente da Oficina, Anna Paula Nastri Fernandes Nunes, que lhes mostrou os vários espaços das atividades: a sala de costura, utilizada por familiares das meninas que aprendem a confeccionar roupas para uso próprio e para venda em bazares beneficentes; a sala de teatro, onde um grupo ensaiava uma releitura do livro “O Menino do Dedo Verde”, de Maurice Druon; a sala de atividades, onde as garotas discutem temas relacionados a valores; a biblioteca, na qual elas participam de dois horários de leitura por semana; além de cozinha, despensa, sala de informática, atendimento psicológico, casa de bonecas, quadra e jardim.
A entidade atende atualmente 70 jovens distribuídas em dois contraturnos escolares: manhã e tarde. Elas também fazem pelo menos uma refeição e um lanche durante sua permanência na Oficina. Há ainda uma lista de espera com mais 30 meninas. A principal demanda da instituição é financeira. Além do repasse municipal, a instituição conta com doações, captação de Imposto de Renda e recursos provenientes de multas aplicadas pela Procuradoria do Trabalho. Porém, as despesas com pessoal, contas e passes de ônibus para as frequentadoras do projeto superam as entradas.
“O problema principal é a nossa folha de pagamento. A maior parte dos recursos que recebemos não pode ser utilizada para essa finalidade. A captação do Imposto de Renda, por sua vez, pode, mas não há, entre empresários e pessoas físicas, a cultura de destinar o imposto para as entidades assistenciais, em grande parte, por falta de informação”, avalia. “O município poderia fazer uma ponte entre as empresas e as entidades sociais, por exemplo”, sugere.
Os vereadores abraçaram a ideia. Eles convidarão o prefeito Edinho Silva (PT) para acompanhá-los em uma visita futura, a fim de discutir alternativas viáveis para a captação de recursos. “Para mim, é sempre uma satisfação saber que há pessoas engajadas na área social, trabalhando com profissionalismo e dedicação para ajudar o próximo, mesmo em um contexto de dificuldades. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar”, garante Mendes.
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A Oficina das Meninas
O Centro Cultural e Assistencial Oficina das Meninas é uma organização sem fins lucrativos que atende a crianças e adolescentes. Tem suas atividades direcionadas para meninas de 6 a 17 anos, priorizando famílias de baixa renda nas quais as mulheres sejam provedoras (“chefes de família” como mães, avós, tias ou legalmente responsáveis).
A entidade dispõe de uma equipe de profissionais atuando como educadores sociais nas áreas de dança, artes cênicas, inclusão digital, educação para valores, orientação e prevenção em saúde e um espaço lúdico, além de um grupo de apoio administrativo e de serviços de alimentação, limpeza e manutenção. Para os trabalhos pontuais, conta com um grupo de voluntários que tem desempenhado um papel importante na realização de eventos, na captação de recursos, na organização de atividades extras e na reorganização da biblioteca. A entidade foi fundada em 2002 por Adélia Bellodi Prevato, nas antigas instalações do escritório e oficina de propriedade de sua família. Após a reestruturação do espaço e a definição do projeto pedagógico, as atividades tiveram início, com dez meninas, em janeiro de 2004.
Atualmente, são 70 meninas atendidas sob o olhar atento dos cuidadores, que mantêm o espírito do projeto inicial: a crença em que toda criança é um feixe de possibilidades e que é possível atuar ativamente na construção de uma vida digna por meio da promoção dos direitos humanos.